domingo, 7 de setembro de 2008

Um Recorte do Cenário Mundial

As Olimpíadas de Pequim serviram para que possamos enxergar com maior clareza algumas realidades mundiais:

1° Os Estados Unidos estão cada vez mais enfraquecidos. Na economia o dólar perdeu espaço para o euro. Politicamente, o respaldo norte-americano sofre os reflexos das guerras do Afeganistão e Iraque. Para completar, os chineses ganharam mais ouros nas olimpíadas do que os filhos do “Tio Sam”. Restou aos norte-americanos, modificar a forma de classificação no quadro de medalhas. Afinal, cada um analisa como quiser.

2° A realização do maior evento esportivo do mundo aliado ao desenvolvimento alcançado nos últimos anos, vão servir para desviar o foco dos problemas vividos pela China – desigualdades sociais, exploração de mão-de-obra barata, poluição das cidades. Mas afinal, em que lugar do mundo não existem problemas?

3° Enquanto as dificuldades sócio-econômicas da África não são sanadas com o mesmo “desenvolvimento” ocorrido na China, os atletas africanos vão se “virando” como podem, vencendo provas de resistência. Pois é, de resistência eles entendem. Eles sabem o sentido literal dessa palavra, ou seria apenas mais um estereótipo midiático?

4° Por fim, o Brasil. Ah, o nosso o Brasil. Viva as mulheres. Mas, eis a questão: elas conquistaram mais espaço ou os homens deixaram de ocupar os lugares no pódio? De qualquer forma ganha visibilidade aquele velho “pitaco” do Galvão Bueno “é preciso investir em esporte”. Você já ouviu isso antes, não é? Talvez os investimento devessem ser pensados inspirados no talento, dedicação, esforço e raça das meninas de ouro, que conquistaram a prata no futebol. Talvez assim, na próxima edição das olimpíadas nós teremos um sorriso mais dourado. Enquanto isso, ficamos nos perguntado mais uma vez: onde erramos?